Em um TCC de Juan Nicolás Silvero Germano feito em 2014, avaliou nível de ativação muscular em diferentes exercícios de força para membros inferiores e pelas variáveis analisadas, foi observado que os exercícios monoarticulares para flexores de joelho parecem ser fundamentais na inclusão em um planejamento de uma rotina de treinamento de força, pois a ativação de bíceps femoral e semitendíneo se mostrou muito maior nos exercícios de flexão de joelho tanto na mesa flexora, quanto na cadeira flexora. Já que nos exercícios multiarticulares, mesmo alterando a posição dos pés para que haja maior tendência de flexão de quadril e consequentemente maior ativação dos isquiotibiais, não mostraram valores de ativação próximos aos valores dos monoarticulares. “Outro dia eu estava falando sobre problemas de joelhos em mulheres me perguntaram se essa incidência aumentada era verdade. Outra pergunta era: por que isso acontece??. De fato, as pesquisas mostram que as mulheres chegam a ter cinco vezes mais ruptura de ligamento cruzado anterior, as dores anteriores são três vezes mais frequentes, a incidência de artrite é mais que o dobro e 75% das artroplastias acontecem nelas.
Trabalhei e conduzi estudos com mulheres por mais de 10 anos, portanto, tive que obter um pouco de informações sobre o tema. Sem querer (nem poder) me aprofundar excessivamente, algumas causas para essa incidência aumentada são:
Por Dr. Paulo Gentil “Coisas a evitar para o bem dos seus joelhos:
No dia de anterior tem cadeira extensora, no de posterior tem variações de leg press e no dia de glúteo de faz avanço… Sendo que em todos esses exercícios há extensão de joelhos, sendo o quadríceps é motor primário de todos. Isso resulta em uma péssima relação de estímulo: recuperação e sobrecarga excessiva na patela e ligamentos. Como vimos, a natureza e a moda já não ajudam, então, temos que trabalhar ainda mais para manter os joelhos femininos saudáveis! Portanto, nada de excessos e cuidem bem da escolha dos exercícios e da execução deles!” Por Dr. Paulo Gentil
Referencias: Andrews HW. Reabilitação física das lesões desportivas. 2a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000.BESSA, Sâmia Najara Freitas et al. Atividade eletromiográfica do vasto medial oblíquo em portadoras da síndrome da dor patelofemoral. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.15, n.2, p.157-63, abr./jun. 2008.BURMAN, Ricardo Carli et al. Avaliação dos fatores predisponentes nas instabilidades femoropatelares. Acta ortop. bras. 2011, vol. 19, n.1, PP. 37-40.JÚNIOR, Valdinar A. R. et al. Análise eletromiográfica da pré-ativação muscular induzida por exercício monoarticular. Rev Bras Fisioter, São Carlos, v. 14, n. 2, p. 158-65, mar./abr. 2010.MOSER, Auristela Duarte de Lima et al. Cadeia cinética aberta e fechada: uma reflexão crítica. Fisioter. Mov., Curitiba, v. 23, n. 4, p. 641-650, out./dez. 2010.FEHR, Guilherme Lotierso et al. Efetividade dos exercícios em cadeia cinética aberta e cadeia cinética fechada no tratamento da síndrome da dor femoropatelar. Rev Bras Med Esporte Vol. 12, Nº 2 – Mar/Abr, 2006.HAMILL, Joseph e KNUTZEN, Kathleen M. Bases biomecânicas do movimento humano 2 ed. Barueri, SP. Manole, 2008.